Culto é... Missão
Uma leitura sumarizada do capítulo Dirigentes do culto, do livro, YOUNGER EVANGELICAL, de Robert Weber
PARTE I
Weber faz uma análise sobre o tipo de culto que a geração
norte-americana, que hoje tem seus vinte e poucos anos, está desejando que
aconteça nas igrejas evangélicas. Ele chama este grupo de jovens de “os mais
novos evangelicais”, para diferenciá-los da geração pós anos 60, que
desenvolveu o chamado “culto contemporâneo”, definido por ele, sinteticamente,
como “louvorzão e sermão”. Segundo suas
observações e pesquisas, existem três tendências no culto destes jovens: uma
reação ao culto de entretenimento, um desejo de uma experiência genuína na
presença de Deus e uma restauração de elementos litúrgicos do culto.
REAÇÃO AO CULTO DE ENTRETENIMENTO
Em 1999, o autor fez uma pesquisa entre os alunos , que eram
dirigentes de culto, do Instituto de Estudos de Liturgia da Universidade de
Wheaton. Aplicada a 176 jovens, representantes de 41 denominações, 14 países e
38 estados americanos, ele chegou à conclusão de que estes jovens estão
querendo um culto centrado na pessoa de Deus, que enfatize os seguintes aspectos:
encontro genuíno com Deus; comunidade genuína; conteúdo e profundidade; mais freqüência
na comemoração da ceia do Senhor; sermões desafiadores e mais uso da Bíblia no
culto; participação (entenda-se “da congregação”); uso criativo dos sentidos e
de elementos visuais; quietude, caracterizada pela inclusão de música mais
contemplativa e tempo para reflexão pessoal e quieta diante de Deus; foco na
transcendência de Deus.
É uma cultura que está cansada de barulho, desejosa de se afastar das falsidades e artificialidades. Está procurando um encontro autentico com Deus, com profundidade e conteúdo, ansiosa por uma contemplação de quietude e de espiritualidade
Weber segue comentando sobre as tendências do pós-modernismo
nas igrejas, com uma forte reação aos cultos de entretenimento da geração
anterior. É uma cultura que está cansada de barulho, desejosa de se afastar das
falsidades e artificialidades. Está procurando um encontro autentico com Deus,
com profundidade e conteúdo, ansiosa por uma contemplação de quietude e de
espiritualidade, movida pela comunicação visual e tátil. Não é uma reação à
banda, ou ao teclado, ou ao piano ou ao órgão. O que querem é um encontro com
Deus no culto que traga mudança de vida.
O DESEJO DE UM ENCONTRO COM A PRESENÇA DE DEUS
No século XX, uma grande parte
das pesquisas acadêmicas foi realizada acerca do assunto: Como podemos
experimentar a presença de Cristo no culto? Estudos recentes sobre liturgia
afirmam primariamente que a presença de Cristo é uma experiência que se dá no
ajuntamento de pessoas. Os mais novos evangelicais estão redescobrindo que o
Deus que está presente em toda a criação torna-se intensamente presente no
nosso culto por meio dos sinais e símbolos.
Os mais novos evangelicais, diferentemente dos evangelicais pragmáticos, estão reintroduzindo a leitura da Bíblia no culto, e os sermões têm mudado seu foco do terapêutico para serem mais ensinos das Escrituras.
O símbolo principal da presença de Deus é a assembléia de
centres reunida. Dentro desta assembléia os
principais símbolos da presença de Deus são expressos no batistério, no púlpito
e na mesa da ceia. O batistério está lá porque serve como lembrança de que
fomos batizados na more e na ressurreição de Jesus. O púlpito simboliza a
presença de Deus mediante a Palavra. A Palavra foi trazida à existência pela
ação do Espírito Santo que agora traz a presença de Deus até nós pela leitura
das Escrituras e pela pregação. Os mais novos evangelicais, diferentemente dos
evangelicais pragmáticos, estão reintroduzindo a leitura da Bíblia no culto, e
os sermões têm mudado seu foco do terapêutico para serem mais ensinos das
Escrituras. E então tem a ceia do Senhor. À mesa, por meio do pão e do vinho,
entramos na presença de Deus, que se torna vital e intensamente pessoal. Na sua
presença, recordamos a sua vitória sobre as forças do mal e somos cheios de
poder para seguirmos e vivermos esta vitoria sobre o mal que também nos rodeia.
Numerosos jovens evangelicais vêem a ceia como um elemento necessário do culto
completo e gostariam de resgatar a comemoração semanal.
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