terça-feira, 23 de abril de 2013

Culto é... Missão

Uma leitura sumarizada do capítulo Dirigentes do culto, do livro, YOUNGER EVANGELICAL, de Robert Weber

 

PARTE  I


Weber faz uma análise sobre o tipo de culto que a geração norte-americana, que hoje tem seus vinte e poucos anos, está desejando que aconteça nas igrejas evangélicas. Ele chama este grupo de jovens de “os mais novos evangelicais”, para diferenciá-los da geração pós anos 60, que desenvolveu o chamado “culto contemporâneo”, definido por ele, sinteticamente, como  “louvorzão e sermão”. Segundo suas observações e pesquisas, existem três tendências no culto destes jovens: uma reação ao culto de entretenimento, um desejo de uma experiência genuína na presença de Deus e uma restauração de elementos litúrgicos do culto.

REAÇÃO AO CULTO DE ENTRETENIMENTO

Em 1999, o autor fez uma pesquisa entre os alunos , que eram dirigentes de culto, do Instituto de Estudos de Liturgia da Universidade de Wheaton. Aplicada a 176 jovens, representantes de 41 denominações, 14 países e 38 estados americanos, ele chegou à conclusão de que estes jovens estão querendo um culto centrado na pessoa de Deus, que enfatize os seguintes aspectos: encontro genuíno com Deus; comunidade genuína; conteúdo e profundidade; mais freqüência na comemoração da ceia do Senhor; sermões desafiadores e mais uso da Bíblia no culto; participação (entenda-se “da congregação”); uso criativo dos sentidos e de elementos visuais; quietude, caracterizada pela inclusão de música mais contemplativa e tempo para reflexão pessoal e quieta diante de Deus; foco na transcendência de Deus.

É uma cultura que está cansada de barulho, desejosa de se afastar das falsidades e artificialidades. Está procurando um encontro autentico com Deus, com profundidade e conteúdo, ansiosa por uma contemplação de quietude e de espiritualidade

Weber segue comentando sobre as tendências do pós-modernismo nas igrejas, com uma forte reação aos cultos de entretenimento da geração anterior. É uma cultura que está cansada de barulho, desejosa de se afastar das falsidades e artificialidades. Está procurando um encontro autentico com Deus, com profundidade e conteúdo, ansiosa por uma contemplação de quietude e de espiritualidade, movida pela comunicação visual e tátil. Não é uma reação à banda, ou ao teclado, ou ao piano ou ao órgão. O que querem é um encontro com Deus no culto que traga mudança de vida.

O DESEJO DE UM ENCONTRO COM A PRESENÇA DE DEUS

No século XX, uma grande parte das pesquisas acadêmicas foi realizada acerca do assunto: Como podemos experimentar a presença de Cristo no culto? Estudos recentes sobre liturgia afirmam primariamente que a presença de Cristo é uma experiência que se dá no ajuntamento de pessoas. Os mais novos evangelicais estão redescobrindo que o Deus que está presente em toda a criação torna-se intensamente presente no nosso culto por meio dos sinais e símbolos.

Os mais novos evangelicais, diferentemente dos evangelicais pragmáticos, estão reintroduzindo a leitura da Bíblia no culto, e os sermões têm mudado seu foco do terapêutico para serem mais ensinos das Escrituras.

O símbolo principal da presença de Deus é a assembléia de centres reunida. Dentro desta assembléia os principais símbolos da presença de Deus são expressos no batistério, no púlpito e na mesa da ceia. O batistério está lá porque serve como lembrança de que fomos batizados na more e na ressurreição de Jesus. O púlpito simboliza a presença de Deus mediante a Palavra. A Palavra foi trazida à existência pela ação do Espírito Santo que agora traz a presença de Deus até nós pela leitura das Escrituras e pela pregação. Os mais novos evangelicais, diferentemente dos evangelicais pragmáticos, estão reintroduzindo a leitura da Bíblia no culto, e os sermões têm mudado seu foco do terapêutico para serem mais ensinos das Escrituras. E então tem a ceia do Senhor. À mesa, por meio do pão e do vinho, entramos na presença de Deus, que se torna vital e intensamente pessoal. Na sua presença, recordamos a sua vitória sobre as forças do mal e somos cheios de poder para seguirmos e vivermos esta vitoria sobre o mal que também nos rodeia. Numerosos jovens evangelicais vêem a ceia como um elemento necessário do culto completo e gostariam de resgatar a comemoração semanal.


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