domingo, 25 de dezembro de 2011

Minha mensagem de Natal!  

Rev. Carlos Alberto Chaves Fernandes*



Queridos irmãos,
Queridas irmãs,


Paz e Bem.


Gosto da festividade do Natal. Não gosto de quem sob pretexto de ser “espiritual”, critica a festa natalina. Gosto da festa do Natal e gosto do espírito do Natal. Gosto das luzes, dos presentes, das deliciosas comidas. Gosto de ver as pessoas pensando em solidariedade, nas crianças pobres, na mesa das famílias pobres. Nunca pensam nisso durante o ano todo e, quando chega o Natal, ao menos pensam… mas sempre tem um estraga-prazer dizendo que não devemos esquecer a mensagem do Natal: o nascimento de Jesus Cristo. Como se festejar, alegar-se, partilhar, lembrar da dor de uma pessoa, não esquecer as crianças pobres, fosse alguma coisa contrária a tudo o que ensinou Jesus Cristo.

Na verdade a história do primeiro Natal, a tal do nascimento de Jesus, é uma mistura de tristeza e ternura. A cena é triste porque eles foram rejeitados e não havia lugar para eles. É triste porque um jovem esposo vê chegar a hora derradeira de sua esposa adolescente e nada pode fazer senão invadir um estábulo. É triste o desamparo daquele homem e de sua pobre esposa. É triste porque o abandono e o desamparo sempre hão de causar comoção e tristeza. A jovem Mãe nada tem: rasga trapos e envolve seu rebento. O pobre Pai improvisa um berço com o coxo do estábulo.

Entretanto, é terna porque lá está, apesar de tudo, a sagrada família reunida: José, Maria e o Menino. É terna porque lá está a solidariedade manifesta pelos primeiros visitantes: os pastores do campo. É terna porque lá estão pessoas dando presentes a um Menino que nasceu no estábulo e seu berço era um coxo. É terna porque o canto dos Santos Anjos toma a solidão da noite, embelezando com arte a pobre cena do presépio. É terna por causa da luz da Estrela Guia, iluminando as trevas da noite com a beleza de seu brilho. 

Fico pensando na cena terna e triste, e entendo que os pastores, os magos, os bichos do estábulo são os que dizem a verdadeira mensagem natalina. O Natal deve ser sim de solidariedade, deve ser sim um dia de para lembrar dos pobres, das crianças, de embelezar as cenas triste da vida com cânticos, com arte, com luzes, com uma visita amiga, com presentes.

Eu gosto do Natal. Gosto do espírito do Natal. Gosto da festa do Natal, pois eu amo de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e de todo o meu entendimento o Menino que nasceu. Eu entendi a sua mensagem quando nasceu e viveu aquela cena terna e triste do primeiro Natal, na solidariedade, em família, sendo o Grande Presente de Deus ao mundo.


Feliz Natal a todos!
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* Rev. Carlos Alberto Chaves Fernandes, ofa, é Presbítero da Diocese do Recife; Pároco da Paróquia Anglicana da Santíssima Trindade, em Copacabana, Rio de Janeiro; Venerável Arcediago Sul-Sudeste; Frei da Ordem Franciscana Anglicana (OFA).

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